MALACAXÊTA
Overdrive/distortion com controle de médios incrível
Desenvolvido em parceria com Pepeu Gomes, cobre uma área enorme de timbres.
Esse sistema semiparamétrico nos médios é tipo um GPS pro seu som de guitarra.
Equalizador de 3 bandas com controles ativos e um CI dedicado para áudio hi-fi, é uma enciclopédia completa de timbres.
Em um dos primeiros encontros com a minha esposa, em 2011, ela me perguntou “qual seria o guitarrista brasileiro que te deixaria maluco se ele usasse seus pedais?” Respondi sem pestanejar: Pepeu Gomes. 5 anos depois, Pepeu me procurou em uma feira de instrumentos perguntando se eu toparia o desafio de desenvolver este pedal.
Depois de anos de trabalho (e uma pandemia no meio do caminho), apresentamos a vocês o Malacaxêta: um pedal de overdrive/distortion desenvolvido a quatro mãos e quatro ouvidos em parceria com o gênio e ídolo Pepeu Gomes! Entre na lista de espera para ter prioridade no primeiro lote, que vai estar disponível ainda no primeiro semestre de 2024!
O Malacaxêta é um pedal com sustain suficiente pra cantar lindamente, mas também muita sensibilidade dinâmica pra alternar entre acordes intrincados e solos com notas longas mexendo só no volume da guitarra! No coração do Malacaxêta fica o grande salto desse pedal: equalização ativa (que exige um circuito integrado hi-fi dedicado pra áudio), incluindo médios semiparamétricos com Q (largura de banda) fixo. Ou seja, sempre que você cortar ou acrescentar médios (ao mexer no controle de cima), você define a frequência central da faixa de médios com o knob grande bem no meio do pedal.
Esse controle de médios foi um pedido explícito do Pepeu na nossa primeira conversa sobre o projeto e, sem dúvida, o maior desafio do desenvolvimento. Desenterrei todos os meus livros de eletrônica, estudei muita teoria e também o desenvolvimento de equipamentos de alta fidelidade (não dedicados a instrumentos), estudei a fundo os sistemas de equalização com o auxílio dos softwares de simulação de circuitos e fui levando as ideias aos experientes ouvidos do Pepeu. O detalhe peculiar do circuito final é que, mesmo com o sistema ativo sofisticadíssimo para os controles de graves e médios, o controle de agudos “preferiu” ficar de fora. Ele soou muito melhor como um filtro passivo, bem mais simples, então nessa hora deixamos a teoria de lado e permitimos que os ouvidos musicais nos dessem a direção!
Cinco minutos explorando essa equalização e você já vai se sentir como se tivesse um mapa secreto dos timbres de guitarra: tanto cortando quanto acrescentando médios, você gira o botão de frequência e ouve um monte de referências de timbres clássicos de guitarra: timbres ocos lembrando sons acústicos, boosts de médios ao estilo vintage (de treble boosters dos anos 1960 aos Screamers dos anos 1980), sons setentistas com os médios na sua cara, cortes vertiginosos para os famosos “scooped mids” do universo do metal…
Depois de achar o som que o Pepeu buscava e me ver com essa máquina incrível de sons de guitarra nas mãos, fiz questão de ampliar os horizontes do Malacaxêta para que ele tivesse muito mais opções de timbres. Ou seja, a sabedoria dos ouvidos do Pepeu nos abriu as portas para uma variedade inimaginável de possibilidades, e nós aproveitamos todas elas!
O controle de ganho te acompanha totalmente nessa viagem, cobrindo um espectro absurdo desde timbres limpos até uma avalanche de sustain praticamente infinito. E você vai notar que o seu volume da guitarra interage muito bem com isso, permitindo variações de ganho sem afetar drasticamente seu timbre!
Esse aspecto de interação do músico com o equipamento foi um ponto central de todo o nosso trabalho nesse pedal. Começávamos na teoria, nos cálculos, no osciloscópio… mas tudo isso SEMPRE passava pelas mãos de músicos, principalmente do Pepeu. Esse vai e vem gerou diversos protótipos que ele fez questão de testar em estúdio e em passagens de som, situações reais de uso, e cada um desses testes gerou incontáveis retornos às pranchetas, livros, calculadoras, osciloscópios e simuladores de circuitos.
Um desses primeiros protótipos tem tido muito tempo de palco desde 2018 aos pés do filho mais novo do Pepeu, Xulli, que toca na banda do pai e também na Swing de Vargem Grande. Esse circuito tinha um equalizador passivo de 3 bandas com um controle de largura de banda de médios. Soa super bem, mas não conseguiu alcançar o foco de médios e o controle que o Pepeu queria.